Tempo é dinheiro.
A famosa frase de Benjamin Franklin nunca esteve tão atual. Em meio a era da automatização, as demandas enfrentam deadlines cada vez menores e é necessário estar atento às mudanças no mercado para não ser derrubado por aqueles que ampliam o leque em inovações.
Assim, as indústrias que desejam aumentar sua capacidade, lucro e expertise precisam se preparar para encarar novos desafios e tecnologias que, quando bem usadas, trazem enormes vantagens.
Uma das alternativas para otimizar processos são os sistemas de localização. Por meio deles, os gestores de fábrica conseguem monitorar todos os recursos na planta e ter informações em tempo real sobre sua operação.
Mas é importante lembrar que, quando mal aplicados, de insights incríveis se tornam custos extras e geram certa descrença sobre a entrega de valor desse tipo de solução. Isso acontece porque, infelizmente, muitos não sabem que já existem diversas opções disponíveis no mercado.
Pensando nisso, a Novidá decidiu jogar uma luz sobre o assunto e teajudar a encontrar a melhor tecnologia para seu negócio.
Assim, conte com esse e-book para realmente orientá-lo com informativos, tabelas, comparações e esclarecimentos sobre como aplicar cada uma das tecnologias diferentes na prática, tudo baseado em um grande banco de dados e é claro, na experiência aplicada e conhecimento técnico de nossa equipe.
Esperamos que aproveite o material e que tenha insights significativos com a nova compreensão.
Afinal, não dá para perder lugar para concorrência achando que tudo é RFID, certo?
Um abraço.
O primeiro passo para explorarm osa aplicação dessa tecnologia comoum sistema de RTLS é diferenciar o Bluetooth padrão do Bluetooth Low Energy (BLE).
Enquanto o primeiro foi projetado para a transferência de dados como função principal – como quando conectamos o celular ao carro ou ao fone de ouvido – o BLE foi desenvolvido para, além dessa, maximizar a duração da bateria de dispositivos ativos como beacons, tags de localização e etiquetas de telemetria, aumentando a qualidade da radiofrequência para transmissão.
O BLE surgiu em 2001 e foi desenvolvido por pesquisadores da Nokia, mas por diversas razões corporativas, não deram a devida prioridade comercial a ele.
Por volta de 2011, o protocolo foi “desengavetado” na sua versão 4.0, que teve uso comercial estimulado e massificado, devido ao fato de permitir conexões sem fio de curto e médio alcance.
A maior vantagem hoje do BLE está na massificação de dispositivos que possuem o protocolo embarcado nos últimos anos, já que as tags de BLE – ou beacons - podem assumir diferentes formatos como crachás, pulseiras, pins, tags, endereçando uma infinidade de aplicações práticas às empresas.
Sem contar com um dos grandes diferenciais: quase todos os smart devices do mercado hoje já possuem sensores BLE embarcados!
Como já citado acima, o BLE foi desenvolvido para usar pouca energia, e esse é um excelente fator que joga a favor da tecnologia, já que uma tag padrão de BLE possui duração média debateria que varia entre 1,5 a 6anos, dependendo do alcance exigido e da frequência de emissão de pulsos no qual o dispositivo for configurado.
Na prática, para detectar um dispositivo de BLE leva-se entre 2,5microssegundos a, no máximo, 10segundos.
Outra vantagem paira sobre seu sinal ou espectro físico e sua projeção em forma circular (ou omnidirecional).
Geralmente, o protocolo forma uma espécie de bolha de sinal ao redor do dispositivo emissor, permitindo que a estrutura física necessária para sua detecção seja reduzida consideravelmente em uma aplicação de RTLS
Com tantos benefícios, você deve estar pensando: O custo de implementação deve ser elevado...certo? Errado!
O valor chega a ser 1/5 em comparação com os demais protocolos de radiofrequência (RF)do mercado, tornando o BLE uma das melhores opções para esse tipo de aplicação.
Já estão disponíveis versões 5.X do protocolo de BLE, que oferecem alcance 4 vezes maior, velocidade2 vezes mais potente e 8 vezes mais capacidade de transmissão de mensagens que a versão mais massificada do BLE, a versão 4.2
Por isso, esse é um dos protocolos principais que nos especializamos em entender e trabalhar, graças a sua versatilidade de aplicações e claro, custo/benefício. Com certeza é um protocolo que veio para ficar e avança em ritmo acelerado!
Principal concorrente do Bluetooth Low Energy, o ZigBee é uma rede WPAN sem fio desenvolvida pela ZigBee Alliance com a intenção de oferecer grande flexibilidade para aplicações que exigem custos de energia e implantação reduzidos.
É um protocolo inteligente, que assim como o BLE, trabalha em modo de operação em espera para economizar energia, até que seja acionado a emitir pulso.
Quando ativo novamente, leva cerca de 30 microssegundos para encontrar os partícipes de sua rede, o que torna o protocolo um dos que consomem menos energia por transmissão de dados, principal fator de seu relativo sucesso no mercado.
Os dispositivos da rede ZigBee,podem assumir três posições diferentes que são:
• Coordenador – Governa a rede
• Roteador – encaminham as mensagens pelos nós da rede
• End Device – dispositivo que se comunica com outro nó da rede
Por fim, devido aos vários modelos disponíveis, é importante considerar alguns pontos sobre os principais modelos de dispositivos ZigBee:
• Os modelos que operam na frequência de 2,4 GHz oferecem uma taxa de transmissão maior em relação aos modelos de 900 e 868 MHz, mas por outro lado possuem alcance menor.
• Modelos com antenas internas proporcionam um alcance menor, mas também ocupam um espaço menor, bem como os que possuem antenas externas têm melhor desempenho, mas são maiores. Os modelos com antena whip procuram ficar como meio termo, ocupando um espaço razoável e oferecendo bom alcance.
• Os modelos que possuem antena externa geralmente apresentam um custo maior, uma vez que é necessário adquirir as antenas ou conectores separadamente.
A interoperabilidade também é vantagem, já que o protocolo é capaz de se comunicar de forma transparente com outro sistema, possibilitando a integração entre eles.
Além disso, por conta do custo de operação, o ZigBee é indicado para aplicações em longas distâncias geográficas.
Para que o sinal seja bom e não receba muita interferência, o ZigBee utiliza a modulação Direct Sequence Spread Spectrum (DSSS),que consiste na utilização de uma faixa do espectro maior do que a necessária, na qual toda energia é espalhada.
Sem sombra de dúvida o mais famoso entre os sistemas de radiofrequência.
De fato, muitos até confundem a sigla RFID (Identificação por Radiofrequência) com as soluções RTLS (Real Time Location System) e acreditam ser a mesma coisa, mas muito cuidado!
RTLS é um conceito e o RFID é apenas um dos diversos protocolos de RF existentes (que podemos embasar sistema).
Basicamente, o sistema é composto por uma antena, que funciona como receptor, e por etiquetas, transmissores que acompanham o elemento rastreado.
Você pode perceber que segue a mesma lógica estrutural de funcionamento dos sistemas em ZigBee e BLE.
Sobre as especificidades da RF, as tags de RFID se diferenciam por usarem configurações de alcance e velocidade na transmissão dedados. As mais comuns são:
• LF – Baixa frequência, de 125KHz – Alcance de até 0,5metros.
• HF – Alta frequência, de 13,56MHz – Alcance de até 1m.
• UHP – Ultra alta frequência, entre 860 e 960 MHz e entre2,4 a 5,8 GHz – Alcance de até10m.
Há dois tipos de etiquetas (ou tags) de RFID: as passivas e as ativas.
Entretanto, as passivas, apesar de muito baratas, não possuem bateria própria e não oferecem a possibilidade de localização em tempo real, tornando o RTLS por RFID inviável, mas são as mais populares.
Explorando as aplicações de negócios, aquelas em que o RFID se destaca são baseadas em processos que seguem uma trilha ou percurso definidos e sem desvios de rota, nos quais os desvios da localização do objeto a ser detectado são mínimos.
Isso se dá por uma característica inerente ao próprio protocolo, que permite a identificação em alta velocidade, mas apenas em processos em trilha, sem desvios.
Para entender bem como o sistema funciona, o exemplo do pedágio dos veículos cai como uma luva. As empresas que atuam com cancelas de abertura automática trabalham com uma etiqueta de RFID de ultra alta frequência colada no carro. A antena fixada no portal lê essa tag quando o veículo se aproxima da cancela e faz a liberação de sua passagem.
Diferentemente do BLE e do WiFi, o RFID é propagado apenas deforma direcional, formando um cone de transmissão em um ângulo de aproximadamente 30 graus com centro na antena fixa no ambiente.
Isso permite que ele seja mais rápido, em microssegundos, na detecção da passagem da tag a ser contabilizada do que os protocolos omnidirecionais, mas muito mais limitado em amplitude de detecção.
Você deve estar se perguntando: Mas então o RFID não é aplicável para um sistema de localização? Vamos com calma! No fundo, a tecnologia passiva (a mais comum) de fato é muito pouco eficiente para esse propósito.
Mas existem sistemas de RFID com tags ativas que são as que realmente importam para nós nesta avaliação. Estas sim, eficientes ao ponto de apresentarem maior precisão que os protocolos de ZigBee, BLE e WiFi, mas que são muito mais caros que seus concorrentes.
Ou seja, são nas grandes fortalezas do RFID que moram as principais desvantagens como sistema de RTLS: fatores como o alto custo de tags ativas, deficiência de propagação da RF (direcional) -que exige a criação de portais de antenas para uma cobertura em círculo do ambiente – e o custo da própria antena de detecção tornam o RFID um sistema que apesar de altamente preciso, é extremamente custoso de ser aplicado e de difícil payback na maioria dos casos de uso aplicados em negócios.
Uma outra fraqueza do protocolo é a sua fragilidade, comparada aos seus concorrentes, em relação a fatores externos que podem influenciar a propagação de ondas de RF.
Fique alerta com:
• Ponto cego no espaço físico: Alguns locais podem não receber a onda de rádio e “esconder” a etiqueta aqui é algo sensível para sua identificação;
• Etiqueta em superfícies metálicas: O campo magnético do metal interfere na leitura, muitas vezes anulando sua identificação;
• Obstáculos entre o receptor e transmissor, como líquidos e objetos densos e/ou espessos. Em alguns casos, o protocolo pode ser completamente anulado, gerando falhas de leitura e baixa confiabilidade das informações geradas.
Fique atento a esses detalhes para não errar!
São as ondas de rádio padronizadas WLAN segundo a norma IEEE 802.11. Aqui ocorre outra confusão comum entre o uso da radiofrequência para localização e para a transmissão dedados. Essa última é o uso mais popularizado da tecnologia de RF no padrão WiFi, por uma razão simples: É a aplicação onde o protocolo é mais eficiente!
Uma boa notícia é que você pode aproveitar sua própria estrutura de transmissão wireless. O rastreamento é feito através de smart devices ou tags, que capturam sinais de WiFi emitidos pelos roteadores existentes ou outro tipo de sensor fixo instalado que emita RF WiFi e, usando como base o RSSI (indicação de força do sinal recebido), é feita a localização do dispositivo.
Mas a pessoa precisa estar conectada à rede WiFi do local? A resposta é não. Basta que ela esteja com a placa de WiFi do celular ativa, embora a precisão seja mais acurada quando conectado na rede e trafegando dados.
Assim, se você deseja flexibilidade e alta transmissão de dados, o WiFi é uma boa pedida, já que usa uma largura de banda de 11 Mbps, sendo o mais eficiente dos protocolos no quesito capacidade de dados.
Além disso, o raio de alcance(entre 100 a 300 m) possibilita um bom rastreamento, sendo mais uma vantagem da tecnologia.
Todavia, como nem tudo é perfeito, o WiFi possui algumas fraquezas.
As principais na nossa visão são:
(1) alto consumo de energia;
(2)baixa qualidade na localização e;
(3) aplicação quase integral apenas em smart devices.
(1) Apesar do funcionamento semelhante aos outros protocolos, o WiFi foi desenvolvido para ter alta eficiência na transmissão dedados, em alto volume de pacotes, por isso os gastos de energia são muito maiores quando comparados ao ZigBee e ao Bluetooth Low Energy;
(2) As características físicas da RF WiFi não o tornam a melhor opção para serviços de RTLS. O fato de o protocolo ser configurado para grande eficiência de transmissão, com a máxima cobertura geográfica, o leva a apresentar reduzida variação de sinal conforme a distância, fator fundamental para um sistema de RTLS eficiente. Explicaremos mais sobre esse tema ao longo deste e-book;
(3) Não existem grandes opções de tags de WiFi para monitorar ativo sou outros objetos, como o RFID, ZigBee e BLE possuem.
Essa restrição de tags é justamente pelo alto consumo de energia do protocolo, que praticamente inviabiliza uma tag alimentada por baterias comuns.
Em resumo, o WiFi é uma excelente alternativa de suporte a outras radiofrequências concorrentes. Muitas vezes, é um protocolo que ajuda a reduzir, deforma significativa, os custos de implementação de um sistema de RTLS que demanda diferentes níveis de precisão ao longo dos processos monitorados e está principalmente apoiado no rastreamento de smart devices.
O nome já denuncia a principal característica dessa tecnologia: velocidade!
Devido ao tamanho da banda, os dados são transferidos com uma rapidez incrível, além de apresentar taxa de ruído pequena por ser capaz de atravessar com facilidade obstáculos físicos.
O modo com que funciona é bastante simples. Para rastrear um elemento, instala-se dois componentes: o sensor e a tag, da mesma forma que operam as outras tecnologias – veja como há um padrão de infraestrutura necessária para qualquer sistema RTLS.
A tag UWB envia bilhões de pulsos por segundo através de um extenso espectro de frequência à central e o sensor calcula, com base na captação dessa onda, a localização do elemento com uma margem de erro em torno de apenas 15 centímetros!
É por isso que a UWB se tornou uma das mais promissoras tecnologias, que une velocidade e precisão, sendo ideal para uma localização indoor que demanda exatidão.
Mas como não existem só vantagens em nenhuma tecnologia, a UWB sofre com a necessidade de alto adensamento de sensores fixos para captura dos dados (1) e com os altíssimos custos de implementação(2).
(1) Devido à característica de suas ondas, a cobertura em distânciafica bastante comprometida, o que exige uma malha de sensores fixosde captura muito superior às outras tecnologias comentadas;
(2) Além da limitação de cobertura do protocolo, que demanda altos investimentos em infraestrutura fixa no ambiente, existe ainda o custo das tags de UWB.
Portanto, esteja sempre ciente de suas necessidades e se mantenha alerta quanto ao custo benefício, já que, por ser sofisticada, o preço da UWB não é muito amigável e dentre as tecnologias tratadas neste estudo, é a mais custosa para implementação.
Por mais que não se enquadre como uma RTLS em sua essência, resolvemos colocá-lo neste e-book pela pluralidade e popularidade, mesmo que seja um protocolo de aplicação com baixa precisão se comparado aos demais.
O Sistema Global de Posicionamento foi criado no contexto da Guerra Fria e é gerenciado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Inicialmente, o uso era exclusivamente militar, ainda queo sistema tenha sido declarado operacional apenas em 1995.
A partir de 2000, o sistema foi liberado para uso civil.
O GPS é um sistema de geolocalização outdoor, ou seja, não funciona em ambientes internos, uma das suas maiores debilidades.
Funciona a partir de uma rede de 24 satélites que ficam distribuído sem uma “constelação” próxima à órbita da Terra. Eles são capazes de fornecer a um receptor móvel sua posição, independente de condições atmosféricas. Essa malha de satélites está a uma altitude superior a 20 mil quilômetros da Terra. Eles estão posicionados de forma que, a qualquer momento, pelo menos 4 deles estejam visíveis de qualquer ponto do planeta.
Cada satélite tem a bordo um relógio interno que marca as horas com uma precisão que chega a nano segundos. Quando o satélite emite um sinal, ele também manda a informação do horário em que aquele sinal foi enviado.
Sabendo que esses sinais navegam na velocidade da luz, basta o receptor calcular quantos nano segundos foram necessários para o sinal chegar até ele e, dessa forma, determinar sua localização. Como os sinais são mandados constantemente, é possível acompanhar a movimentação do receptor.
Para definir essa localização, o GPS usa um sistema denominado triangulação: três satélites visíveis ao receptor mandam o sinal para ele.
O relógio interno que marca as horas com uma precisão que chega a nano segundos.
Quando o satélite emite um sinal, ele também manda a informação do horário em que aquele sinal foi enviado.
Sabendo que esses sinais navegam na velocidade da luz, basta o receptor calcular quantos nano segundos foram necessários para o sinal chegar até ele e, dessa forma, determinar sua localização. Como os sinais são mandados constantemente, é possível acompanhar a movimentação do receptor.
Para definir essa localização, o GPS usa um sistema denominado triangulação: três satélites visíveis ao receptor mandam o sinal para ele.
O tempo que cada um deles levou para mandar esse sinal é o suficiente para calcular a posição do receptor. Com um quarto sinal, além das referências de latitude e longitude, é possível também saber a altitude em que se encontra o receptor.
Se você busca uma solução de baixa precisão, mas que precise monitorar grandes distâncias geográficas, o GPS ainda é imbatível em aplicação de negócio, além de ser um excelente complemento para casos de uso de RTLS no qual se necessita monitoramento indoor e outdoor de, principalmente, smart devices.
Quando falamos em frequência, nos referimos à quantidade de oscilações de uma onda por segundo. Essa oscilação define inclusive o padrão em que uma onda de radiofrequência navega no ar sob diferentes interferências. Essas características são fundamentais para um sistema de RTLS.
A unidade de medida é o Hertz, mas quando os valores são muito altos, podemos adotar grandezas tais como giga-hertz (GHz), mega-hertz (MHz) ou quilohertz (KHz) para facilitar a leitura.
A força de transmissão do protocolo aumenta de acordo com o tamanho da frequência, mas cuidado! O valor de alcance é inversamente proporcional, ou seja, quanto maior a força, menor a distância percorrida pela onda e maiora necessidade de adensamento do ambiente indoor e outdoor para monitoramento
• 1 GHz = 1 bilhão de Hertz
• 1 MHz = 1 milhão de Hertz
• 1 KHz = 1 mil Hertz
Uma das formas mais simples de explicar o quanto um protocolo pode ser preciso em sua localização é a relação de perda de potência pela distância, uma das informações mais críticas aos sistemas de RTLS para os cálculos estatísticos de localização. Abaixo exemplificamos como uma determinada radiofrequência se propaga pela distância.
Protocolos mais potentes tendem a apresentar maior precisão, dada a variação significativa de potência em relação à distância/tempo, mas apresentam baixa amplitude de cobertura em metros. Esse é o caso do UWB, já citado acima. A questão fundamental aqui para decidir qual protocolo adotar vai muito além do comportamento físico da onda de RF: passa pela qualidade da precisão em contrapartida ao custo de implementação e aplicabilidade à dor de negócio. Esteja sempre atento a isso!
Está relacionado à distância que o sinal viaja, então quanto maior o alcance, mais longe a onda do seu protocolo irá. Dependendo da necessidade de rastreamento, você será obrigado a colocar mais dispositivos de captura fixos no ambiente, então fique esperto com o alcance de cada tecnologia para não investir no protocolo errado.
Obs.: No caso do RFID passivo, o alcance fica em torno dos 3 metros, o que muda com a etiqueta ativa, capaz de chegar aos 100 metros.
Até agora, falamos basicamente sobre comportamento da RF, potência de onda e raio de transmissão. A largura da banda de transmissão de cada protocolo e sua capacidade de transferir informações é o último pilar técnico a ser explorado. Conhecida também como taxa de transferência, se relaciona à quantidade de dados que podem ser movido sem determinado período.
Logo, quanto maior, melhor!
É medido em bits, mas assim como a unidade da frequência, se utiliza de grandezas, como Megabit (um milhão de bits por segundo) e Quilo bits (mil bits por segundo).
inclui todas as despesas, desde a compra dos equipamentos necessários – como tags e antenas, por exemplo – até a manutenção do sistema e sua conectividade. Note que há sempre um custo benefício que deve ser levado em conta, por isso nenhum fator deve ser analisado separadamente!
Para locais que não necessitam rastreamento constante e não possuem movimentação livre dos objetos monitorados, as etiquetas passivas de RFID são ótimas opções.
Muitas indústrias fazem gestão de estoque com essa tecnologia, uma vez que o preço da tag é baixo e o sistema não necessita de informação em tempo real. Outro caso interessante para utilizar etiquetas passivas é em processos que exigem metodologia seguida à risca.
Perguntar onde usar beacons não é a melhor alternativa, afinal, onde não os aplicar? Varejos, escolas, hotéis... As opções são incontáveis!
Por oferecer uma experiência elevada em conjunto com o baixo preço, o BLE é uma ótima opção para quem necessita rastrear muitos elementos, exige alto consumo de dados e visa a automatização de processos.
Lembrando que uma das genialidades do protocolo é sua massificação: Além do uso de tags de BLE em diversos formatos de aplicação, quase todo smart device hoje possui BLE embarcado! Ou seja, uma única infraestrutura de sensores para captura de BLE pode gerar inúmeras possibilidades e modelos de negócio para sua empresa!
Na indústria, logística e gestão de facilities, por exemplo, os beacons podem desempenhar diversas funções, como rastrear máquinas, monitorar processos envolvendo funcionários e equipamentos de movimentação interna, e realocar equipes de forma mais produtiva em tempo real.
Além disso, o BLE é muito encontrado na área hospitalar, na qual tem capacidade de diminuir a quantidade de equipamentos, localizar protocolos médicos e ajudar na gestão de soluções problemáticas com uma grande vantagem: o BLE, diferentemente de outros protocolos de baixa frequência, não gera interferência em equipamentos críticos, como o eco cardiograma.
O que joga contra o protocolo é sua relativa baixa precisão comparada a seus concorrentes demaior peso: UWB e RFID ativo. O BLE sozinho consegue índices de precisão entre 1 a 5 metros, dependendo do adensamento de leitores de captura e características do ambiente.
Por não permitir altas taxas de transferência de dados, o ZigBee é ideal para aqueles que necessitam rastrear poucas coisas - ou um elemento ou um evento único - com boa cobertura geográfica.
Dessa forma, a simplicidade do sistema aliada ao baixo preço permite que o cliente tenha uma experiência desejável sem estourar o orçamento com uma RTLS mais sofisticada, endereçando bem os casos de uso mais simples ou de menor densidade de dados.
Em cada parte do processo é colocada uma etiqueta e assim o sistema consegue identificar por onde e quando o produto passou pela linha de produção.
Já as etiquetas ativas podem ser bastante úteis no controle de bagagens em aeroportos, em pedágios e rastreamento de estoques em CDs, porém é necessário lembrar que tags ativas demandam um orçamento alto que, muitas vezes, inviabilizam sua aplicação. Esteja aberto a novas opções com melhor custo/benefício, mesmo que isso comprometa a alta precisão em poucos decímetros.
Além do rastreamento de equipamentos, o ZigBee ajuda bastante no controle de processos tais como gerenciamento de energia e controle de iluminação, além de diversas aplicações já usadas no agronegócio.
Impossível dizer que o WiFi é pouco conhecido, certo? Assim, a maioria dos locais já se adaptou à tecnologia, o que facilita ouso dela como RTLS.
É importante lembrar que a aplicação funcionará prioritariamente através de smart devices, os quais serão localizados com maior precisão quando o WiFi for utilizado em conjunto com o BLE, ambos via algoritmos, em vez de aplicados separadamente.
Assim, se seu objetivo é monitorar funcionários através do uso de seus smartphones ou outros smart devices, o uso do WiFi para RTLS é condição obrigatória, lembrando que, se o smart device estiver conectado na rede, melhor ainda!
Dica: Caso tenha algum aplicativo que faça parte da rotina do seu funcionário, anexe a ele um SDK que permita utilizar a função WiFi (ou diversas outras embarcadas no celular) e garanta um sistema ainda mais preciso de rastreamento, além de permitir diversas outras possibilidades como envio de alertas e mensagens ao usuário conforme sua localização no ambiente.
Devido à alta precisão, a Ultra-Wide Band é muito útil para radares na área militar, mas cada vez tomam mais espaço entre as RTLS.
A tecnologia é bastante promissora, pois além de oferecer precisão em torno de 15 centímetros, é capaz de rastrear objetos com excelente velocidade. Montadoras de carros, por exemplo, estão apostando na UWB, mas o protocolo pode ser aplicado em indústrias, hospitais e qualquer empresa que necessite de informações acuradas.
Mas lembre-se: muitas vezes uma melhora linear na precisão do sistema pode elevar exponencialmente os custos do projeto! Esteja sempre atento aos custos e, principalmente, à real necessidade do seu caso de uso!
O GPS revolucionou diversos setores e permitiu o surgimento de inúmeras aplicações. Além de ser essencial na aviação e na navegação marítima, qualquer pessoa que queira saber sua localização ou encontrar um local pode usar um GPS para se guiar.
Porém, infelizmente, ele não consegue ter precisão em ambientes fechados. O sinal só é transmitido com eficiência quando o receptor está ao ar livre, sem paredes e tetos.
Mesmo nessas situações, sua precisão é de 20m, o que pode atrapalhar em algumas aplicações. Ainda assim, em ambientes externos oferece uma tecnologia praticamente imbatível em termos de custo/benefício.
Pode servir como um ótimo complemento para soluções integradas de localização que visam o monitoramento em ambientes fechados e abertos deforma ininterrupta, como através de aplicativos embarcados em smart devices, uma de nossas especialidades e diferenciais aqui na Novidá.
Já discutimos a necessidade de escolher com sabedoria que tipos de protocolos serão aplicados em seu negócio, mas é importante levar em conta também o problema de negócio que você busca resolver, as possibilidades de expansão de serviços com menor custo possível, além do tipo de serviço que será prestado pelo fornecedor.
Listamos 3 pontos interessantes para reflexão antes de firmar contrato com um provedor. Confira:
É importante se manter longe de riscos que possam comprometer seu negócio, e hoje o principal deles é o risco cibernético.
Então, para garantir sua segurança, aposte em empresas que focam na infraestrutura do sistema, criptografa e segurança de nó para garantir uma rede estável, escalável e de baixíssimo risco de invasão.
Levar em conta o custo da tecnologia é fundamental, mas é extremamente necessário pensar na qualidade do serviço entregue.
Devido ao fato da Internet das Coisas ainda estar em crescimento, a qualidade das informações pode parecer um problema pequeno, mas não deve. Por isso, foque em provedores que:
• Façam investimentos em tecnologias de ponta e estejam sempre na fronteira tecnológica;
• Possuam conhecimento especializado na área que se propõem a atender e ofereçam serviços personalizados para sua demanda interna;
• Disponibilizem contratos customizados. Assim, você pode estipular indicadores de desempenho chave específico (KPIs) para que, caso aconteçam problemas na prestação de serviços, haja tempo limite para solução do problema;
• Tenham planos para gerenciamento de risco.
Um dispositivo IoT que para de funcionar pode afetar sua empresa toda. Dessa forma, os contratos devem refletir esse perigo de imprevistos, incluindo planos de gerenciamento de riscos ou contratos de rápida reposição, principalmente se esses dispositivos forem fornecidos em modelo de comodato.
As empresas tendem a oferecer planos padronizados com diferentes preços levando em consideração o limite de dados trafegados e outros recursos.
Assim, um plano que tem baixa taxa de instalação pode apresentar altas taxas de manutenção e/ou excesso de tráfego, enquanto em outros planos acontece o contrário, por exemplo.
Pode haver também a existência de um modelo de cobrança que não tenha qualquer aderência ao tipo de problema que a empresa busca resolver, dificultando a comprovação do ROI do investimento.
Busque um fornecedor que tenha o conhecimento e a maleabilidade para configurar um projeto focado em suas reais necessidades e que possuam um modelo de remuneração que facilite a comprovação dos esforços financeiros e operacionais que iniciativas de RTLS demandam.
TRANSFORM OPERATIONAL WORK